Por isso, falarei da vida do salmão porque a achei curiosa e porque, estou certa, muitas pessoas não a conheciam, tal como eu.
A vida do Salmão
Na fase final da vida do salmão acontecem coisas muito curiosas. O salmão nasce em águas doces e vive uma longa jornada entre águas doces e salgadas. Vive cerca de cinco anos. Na fase final da sua vida a, entre Novembro e Fevereiro, depois de 16 mil km percorridos, é chegado o momento de voltar ao local onde nasceu, se entretanto tiver conseguido escapar a uma rede de pesca ou à boca de um urso pardo, que o espera no topo dos rápidos dos rios.
O salmão é de tal forma obstinado, que salta para o topo dos rápidos com o objectivo de chegar ao local onde nascera e onde morrerá.
Chegado o momento de regressar ao local do nascimento, o salmão já nem se alimenta. É o momento de queimar as gorduras acumuladas durante os cinco anos de vida.
Quando o salmão chega ao local de desova
Depois de uma longa jornada de cinco anos, o salmão sobrevivente, macho ou fêmea, está exausto e faminto. Nos locais de desova, o seu corpo prepara-se para acasalar, passando de tom prateado para o vermelho. Ganha uma crista na cabeça com o aspecto de couve-flor e o seu corpo, principalmente a cabeça, está desgastado pela pressão exercida pela água, pois a sua velocidade, a caminho da desova, é desesperante. As reservas de gordura estão esgotadas na árdua viagem rio acima, mas o salmão mantém-se firme. Usa a proteína armazenada para completar a última etapa da sua vida. O seu corpo contorce-se, as maxilas torcem-se e inclinam-se expondo os dentes entalhados.
Enquanto isto, o urso pardo, que percorreu uma longa viagem até ao rio onde os salmões vão passar, alimenta-se deste peixe para acumular nutrientes, gordura e forças para sobreviver à hibernação que vai viver. O salmão é o “sangue” dos ursos pardos. Os seus nutrientes são fundamentais para os ursos. Mesmo já numa fase avançada de desgaste, quando a maior parte da gordura já foi consumida pela viagem, os ursos ainda o apanham porque a pele e a cabeça ainda possuem alguns nutrientes.
É o final do Outono e um salmão macho chega finalmente ao local onde nasceu. Uma fêmea reivindica uma porção do leito rochoso e defende-o ferozmente. Agitando o seu corpo, retira a gravilha excedente e recebe o seu parceiro. Para estimular a fêmea, o macho sacode-se junto a ela. A fêmea liberta mais ovos e depois o macho fertiliza-os. Só os ovos alojados em segurança entre as pedras irão eclodir dentro de três a quatro meses. Dos 4000 mil ovos libertados pela fêmea e fertilizados pelo macho, talvez dois salmões do pacífico sobreviverão e regressarão para desovar.
Os salmões fêmea e machos morrem logo a seguir à desova. O odor a morte espalha-se pelos ribeiros, mas este odor é também sinal de vida: os cadáveres vão encher de nutrientes os solos e alimentar assim os arbustos e as árvores junto dos rios.
Como em todas as espécies, também no salmão, a selecção natural garante a sobrevivência: só os salmões mais fortes conseguem regressar ao local de desova e transmitir os seus genes à geração seguinte.
L.G
Muito bem, Lurdes. Impressionado.
ResponderEliminarVasco Trigo
QUERO SABER MAIS SOBRE OS SALMOES.
ResponderEliminarAdorei esta postagem, obrigado vai me auxiliar num trabalho
ResponderEliminarOi... tenho um blog bellab22.blogspot.com
ResponderEliminare vc me livrou de um trabalhão! meu nome é Bruna Pereira dos Santos
colegio marisa são francisco
turma 161
amei!!
Gostei viu!!!
ResponderEliminarso amazing!
ResponderEliminarlegal tudo o que deus faz e bem feito parabens a sra natureza
ResponderEliminarassim é o ser humano...
ResponderEliminargostei muito
ResponderEliminarObrigado
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