segunda-feira, 2 de março de 2009

a vida do salmão




Enquanto os canais abertos transmitiam o congresso do PS, a RTP2 fazia a diferença. Transmitia documentários construtivos que enriqueceram a minha cultura: O ciclo de vida do salmão e a vida dos ursos pardos foi o documentário que mais me interessou.
Por isso, falarei da vida do salmão porque a achei curiosa e porque, estou certa, muitas pessoas não a conheciam, tal como eu.


A vida do Salmão


Na fase final da vida do salmão acontecem coisas muito curiosas. O salmão nasce em águas doces e vive uma longa jornada entre águas doces e salgadas. Vive cerca de cinco anos. Na fase final da sua vida a, entre Novembro e Fevereiro, depois de 16 mil km percorridos, é chegado o momento de voltar ao local onde nasceu, se entretanto tiver conseguido escapar a uma rede de pesca ou à boca de um urso pardo, que o espera no topo dos rápidos dos rios.
O salmão é de tal forma obstinado, que salta para o topo dos rápidos com o objectivo de chegar ao local onde nascera e onde morrerá.
Chegado o momento de regressar ao local do nascimento, o salmão já nem se alimenta. É o momento de queimar as gorduras acumuladas durante os cinco anos de vida.


Quando o salmão chega ao local de desova

Depois de uma longa jornada de cinco anos, o salmão sobrevivente, macho ou fêmea, está exausto e faminto. Nos locais de desova, o seu corpo prepara-se para acasalar, passando de tom prateado para o vermelho. Ganha uma crista na cabeça com o aspecto de couve-flor e o seu corpo, principalmente a cabeça, está desgastado pela pressão exercida pela água, pois a sua velocidade, a caminho da desova, é desesperante. As reservas de gordura estão esgotadas na árdua viagem rio acima, mas o salmão mantém-se firme. Usa a proteína armazenada para completar a última etapa da sua vida. O seu corpo contorce-se, as maxilas torcem-se e inclinam-se expondo os dentes entalhados.

Enquanto isto, o urso pardo, que percorreu uma longa viagem até ao rio onde os salmões vão passar, alimenta-se deste peixe para acumular nutrientes, gordura e forças para sobreviver à hibernação que vai viver. O salmão é o “sangue” dos ursos pardos. Os seus nutrientes são fundamentais para os ursos. Mesmo já numa fase avançada de desgaste, quando a maior parte da gordura já foi consumida pela viagem, os ursos ainda o apanham porque a pele e a cabeça ainda possuem alguns nutrientes.

É o final do Outono e um salmão macho chega finalmente ao local onde nasceu. Uma fêmea reivindica uma porção do leito rochoso e defende-o ferozmente. Agitando o seu corpo, retira a gravilha excedente e recebe o seu parceiro. Para estimular a fêmea, o macho sacode-se junto a ela. A fêmea liberta mais ovos e depois o macho fertiliza-os. Só os ovos alojados em segurança entre as pedras irão eclodir dentro de três a quatro meses. Dos 4000 mil ovos libertados pela fêmea e fertilizados pelo macho, talvez dois salmões do pacífico sobreviverão e regressarão para desovar.

Os salmões fêmea e machos morrem logo a seguir à desova. O odor a morte espalha-se pelos ribeiros, mas este odor é também sinal de vida: os cadáveres vão encher de nutrientes os solos e alimentar assim os arbustos e as árvores junto dos rios.

Como em todas as espécies, também no salmão, a selecção natural garante a sobrevivência: só os salmões mais fortes conseguem regressar ao local de desova e transmitir os seus genes à geração seguinte.
L.G

10 comentários:

  1. Muito bem, Lurdes. Impressionado.
    Vasco Trigo

    ResponderEliminar
  2. Adorei esta postagem, obrigado vai me auxiliar num trabalho

    ResponderEliminar
  3. Oi... tenho um blog bellab22.blogspot.com
    e vc me livrou de um trabalhão! meu nome é Bruna Pereira dos Santos
    colegio marisa são francisco
    turma 161
    amei!!

    ResponderEliminar
  4. andrea cristina andrade6 de abril de 2011 às 19:15

    legal tudo o que deus faz e bem feito parabens a sra natureza

    ResponderEliminar
  5. assim é o ser humano...

    ResponderEliminar